segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O "Canto da Minha Terra" não é esse

Ontem teve show aqui em Campo Grande no Parque das Nações Indígenas em homenagem ao funcionários públicos. Aliás, o feriado é amanhã e foi transferido pra hoje pra evitar "pontes". Daí teve esse show, né? Começou às seis horas da tarde de ontem e reuniu "icones" da cultura sul-matogrossense como a família Espíndola - destaque para Tetê e sua voz de taqara rachada - e Almir Sater. Foi tudo muito legal, lotou as cadeiras e a grama, estava bonito de ver. Mas me decepcionou. Sei que a gente tem de ser aberto a todos os tipos de música. Mas alguma razão me leva a crer que o rock não é o "canto da minha terra". Sei lá, eu até gosto de rock, mas achei por exemplo, que faltou à participação de um sertanejo universitário de MS, já que o objetivo do evento era ser eclético.
Cada pessoa subiu ao palco para cantar duas músicas. A exceção foi Paulo Simões - o compositor de "Trem do Pantanal" - que era sempre requisitado e voltou ao palco quatro vezes. Daí tenho de fazer um comentário pessoal e o blog me serve pra isso. Já basta ter de ser imparcial na matéria que escreverei pra faculdade.
Eu esperava mais de Almir Sater. Ele tocou 5 músicas. Uma delas era instrumental, outras 2 cantou com a família Espíndola, "Trem do Pantanal" com Paulo Simões e "Um violeiro toca". Achei pouco, achei que faltaram músicas conhecidas e pelo que pude ver não foi só eu quem achou. Mas vai ver a intenção era essa mesmo. E por um lado, valeu a pena. Não se faz mais "pão e circo" como antigamente. Hoje eu pago o pão - que pode ser um pastel.

2 comentários:

Jairo disse...

Sempre quando eu leio o seu blog eu fico com o meu coração apertado de xodadis da terrinha. Shows de música regional eu fui em diversos e tenho vários cds, mas nada é comparado em ver ao vivo, né? E eu adora ir a um lugar chamado "Sarau do Zé Geraldo", puxa, como era bom... beijos

Diego Maderal disse...

Na verdade, devo discordar em um ponto. O rock exibido pela familia espindola, o folk do almir sater, e tantos outros nomes que se apresentaram, todos tem em sua mistura os ritmos regionais. O sertanejo universitario, por sua vez, não tem nada de sul-matogrossensse, é um fenomeno fonografico momentaneo, assim como o proprio rock ja foi, e acontece em todo o pais, tendo suas origens em minas gerais e sao paulo. Se tivesse uma dupla de sertanejo universitario seria um desrespeito a cultura regional, que nunca teve sertanejo como cultura primaria, e sim a polca paraguaia, mistura com folk, com o rock e com o pop.