sábado, 25 de outubro de 2008

De volta à terra de gigantes

É incrível como eu sou boa para datas. Lembro do aniversário de quase todo mundo - o todo mundo relativo de todos nós - e também não sou nenhuma negação para números de telefone e tal. Mas a gente fica com aquelas datas que mais marcam a gente. Por exemplo, nunca vou esquecer 11 de setembro por ser aniversário de um amigo, mais do que por ser a data de uma grande tragédia mundial. Mas vamos ao que interessa: Campo Grande, 2 de dezembro de 2007. Por mais que eu queira, não me esquecerei dessa data. Meu time - o Corinthians, que é bem mais que um time, mas isso não vem ao caso - empatou com o Grêmio na última rodada do campeonato brasileiro. E então, 97 anos de muitas vitórias - eu ia dizer glórias, mas daí eu ia ser muitooo imparcial - se viram relegados à segunda divisão. O Internacional se deixou vencer pelo Goiás e a segunda maior torcida do país teve de chorar por um time apático, sem garra, sem determinação.
O Corinthians cair não demonstrou apenas que ele teve o que mereceu depois de um ano com desempenho pífio, sempre beirando a zona de rebaixamento. Demonstrou que numa terra e num clube onde sempre imperou o "cartolismo", os grandes podiam cair.
Depois de cair - e como eu digo, por experiência própria, só caindo a gente aprende a levantar - o Corinthians sofreu o choque da realidade. A sua torcida continuou gritando aos 4 ventos o seu amor pelo clube. O "bando de louco" e o "eu nunca vou te abandonar, porque te amo" viraram símbolos de uma torcida que mesmo depois da queda continuou a apoiar.
Costumo pensar e dizer assim: "O mundo se divide em duas torcidas: os que são corinthianos e os que não são". Os que não eram, fizeram a festa. Tripudiaram, riram e se divertiram até maio quando o Timão 100% entrou em ação. Até agora foram 70 pontos conquistados, com apenas duas derrotas. O Corinthians hoje garantiu sua ascenção à "elite" do campeonato brasileiro. Estamos de volta e isso ninguém vai me tirar. E o mais legal disso tudo é que parece que não está mais a fim de cair. Tomara.
Nesse meio tempo entre a queda e o retorno, eu tive a alegria de ver um jogo do Corinthians. Muitos disseram que era porque ele estava querendo aprender como cair pra série C. Meu pai, que me levou ao jogo, disse que não viu nada, porque eu não parava quieta. Vi o o jogo do campo e ganhei a luva do Felipe. Ela fica pendurada numa prateleira do meu quarto, num lugar reservado. A queda teve seu lado bom: troxe o Corinthians até mim. E por isso eu sou grata.
Mas nós subimos. Isso agora é o que importa. Com a ajuda de Mano Menezes, técnico do Grêmio de 2007, uma vontade gigantesca e uma torcida que se orgulha de ser fiel.

ps: não levem a sério esse post.
ps2: Esses dias eu fui "acusada" de não gostar de esporte. De só gostar do Corinthians. Quem disse não está de todo etrado.
p3: Ninguém vai se atrever a mandar recado no meu orkut pra dizer que o Corinthians subiu? Ano passado, recebi muitos falando da queda. E não, o Corinthians não sou eu. Mas eu sou Corinthians.
E desculpem o post todo sentimental.

Um comentário:

Jovana disse...

Eu estive lá com vc, e ainda morrendo de inveja da sua luva! aheuaheuah

Sem comentários. Corinthians minha vida, minha história, meu amooOOoOooOr! aheuaheaue =))