segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ao infinito e além!

Foi assim. Deixa eu contar: sempre tive medo de subir sozinha as rampas da UFMS e tal, porque não tenho muito controle sobre mim, que dirá sobre a cadeira. Hoje, estava saindo do departamento de Jornalismo e uma amiga veio atrás de mim "Aline, o professor pediu pra eu te ajudar a subir a rampa". Eu respondi: "Hoje, vocês falaram tanto que vou treinar subir" E assim foi. Sem brincadeira, umas dez, quinze vezes tentando. Minha mão já estava doendo e eu acho que a menina que continuava atrás de mim estava se cansando. Era um tal de ajeita aqui, quase cai pra trás ali. Até que...por motivos não identificados, consegui pôr força suficiente na mão pra subir. Nem acreditei. A cadeira estava de pneu murchos, pesada pra caramba. E eu tinha conseguido subir. Não acreditei. Continuo não acreditando.

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Frase do dia: Tudo posso naquele que me fortalece - Carta de Paulo de Tarso ao Filipenses 4:13
Música - Coração Pirata - Roupa Nova

domingo, 28 de setembro de 2008

Torcer também é um exercício


Ontem foi o primeiro dia a não postar nessa nova fase do blog. Também, continuo gripada (afff, vou ter de arrumar um complexo vitamínico daqui a pouco), meu irmão estava aqui e eu DORMI durante à tarde. É, isso só me acontece em casos extremos. E agora é tudo culpa do stress. Mas eu tenho mesmo motivos para estar estressada? Acho que não. Deveria estar feliz.

Em tempo: Hoje o post é sobre esportes. Sobre Fórmula 1. É, eu gosto de ver carrinhos correndo. e tenho recordações um tanto confusas de ter dito que esperava a cada corrida o "bate-bate-bate", pois é com a "batida" que a corrida tinha emoção. Pois bem, a F-1 em seu GP 800 (58 anos de história) decidiu inovar. E nós fomos apresentados ao circuito de Cingapura, onde foi realizada a primeira corrida noturna de Fórmula 1. O brasileiro Felipe Massa largou em primeiro, seguido pelo inglês Lewis Hamilton, seu adversário direto pelo título da temporada. O brasileiro vinha sobrando na pista até que outro brasileiro - Nelson Ângelo Piquet, o Nelsinho - bateu no muro. Com isso, safety car na pista, pilotos no boxe. E na saída do boxe...
Mangueira de combustível no carro, segundos preciosos perdidos e o adeus a uma vitória anunciada. O brasileiro terminou fora da zona de pontuação, e o inglês em terceiro, abrindo sete pontos de vantagem.
Mas... o mais espetacular na pista, foi Fernando Alonso. Por mais marrento e insuportável que seja (até aqui, essa humilde blogueira era imparcial) há de se falar. O cara é bi-campeão do mundo. Depois de treinos bons na sexta, Alonso ficou parado após problemas no carro no treino de ontem e largou em 15º lugar. Palmas pra ele, que soube ultrapassar num circuito desconhecido e difícil.
Felipe Massa agora, tem de ganhar as próximas corridas - Japão, China e Brasil - (ops! alguém se lembra da corrida da China ano passado? - eu me lembro!) e torcer para que Hamilton não seja segundo. Mas, já pensou? Depois de Senna um campeão mundial?

ps: não torço, nunca torci, nem torcerei por Massa, mas o rapaz é brasileiro.

Outra de esporte: Timão, rumo à primeira divisão!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

E eu vou pra onde mesmo?

Uma das coisas que mais tenho dificuldade é de me localizar. Morei 18 anos numa mesma cidade e não sabia que ruas eram quais. Sei o mínimo, aquele de esquerda-direita, porque me lembro "esquerda e a mão que eu escrevo". Antigamente, ela também tinha um relógio. É, eu sei qual é a minha esquerda. Mas não me pergunte a dos outros. Não me pergunte se eu estiver virada pra norte, sul, leste e oeste. Não me faça aquelas perguntas de ENEM tipo: "Onde tem de ser a janela de fulano, se ele quiser receber sol durante as tardes? Nem tente mudar o idioma da pergunta pra ver se eu te respondo certo. Sei que left é "esquerda" e right "direita. Mas isso não resolve meu problema. Continuo sem saber.
Minha mãe é professora de História. Eu estou aqui, contando toda a história da minha falta de localização - que é tão grande a ponto de eu pedir carona pra minha casa e não saber dar a direção - pra falar sobre o que ela me disse semana passada. "Aline, você não é a única. Tive de dar 4 aulas de geografia pros meus alunos aprenderem escalas, pontos cardeais e até direita-esquerda". Que bom que não sou sozinha no mundo (!!!).
Mas... desde quando isso e motivo pra me orgulhar? Se outras pessoas têm as mesmas dificuldades que eu, é porque a professora da pré-escola não soube ensinar. E com isso, não quero jogar a "culpa" de nada em cima de ninguém. Estou constatando que, por alguma "pane no sistema" muita gente chega à faculdade sem nem ao menos saber se localizar (Eu sou o exemplo extremo, não se comparem). E daí a gente se forma, é professor, jornalista, e o que quiser ser. E com essa história de fazer a gente decorar informações - porque na hora da prova todo mundo tem de saber o que é direita ou esquerda - a educação (escola) nos deseduca.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Em silêncio..

Desde quando comecei o blog ele não está muito badalado pelos leitores. Mesmo os que eu peço que venham conhecê-lo, não aparecem, não comentam. Com essa falta de repercussão, eu escrevo pra mim. Cada linha, cada, frase, cada vírgula, não é pensada como se "nossa, eu vou postar, todo mundo vai ler e vão saber de tal coisa. Melhor não dizer". Saber que o silêncio é meu leitor preferido me consola, me faz escrever de um jeito mais pessoal, mais introspectivo, me faz refletir mais.
No silêncio eu falo sozinha e imagino vozes que me respondem. No silêncio eu canto bem alto as minhas canções prediletas. No silêncio eu leio em voz alta parágrafos inteiros. No silêncio de mim mesma, eu me conheço. E não, não preciso que quebrem meu silêncio. Porque é em silêncio que eu penso - faço o meu melhor

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Amiga do tempo

Sabe de uma coisa? Estive pensando sobre o tempo. Porque na maioria das vezes eu sou muitooo impaciente. Quero que ele passe logo, que não me faça rodeios. Quero poder hibernar por dias sem graça e só viver de alegrias. E por esses dois últimos dias, ouvi, meio sem querer, aquela música antiga do Pato Fu, conhecem? "Tempo, tempo, tempo, tempo amigo... seja legal, conto contigo". É assim. Eu conto com ele pra que ele passe correndo, pra que voe e me leve em suas asas e me faça enxergar um futuro planejado que eu tenho medo que falhe. Quero do tempo a sua compreensão, ando sem tempo pra ele. Quero que o tempo me estenda a mão. Estou quase pedindo que o tempo me empreste um"vira-tempo" pra eu "brincar" de Hermione. Quero que o tempo não me peça passagem, vá correndo contra o tempo e me leve pra viagem. Quero acordar e dizer "Bom dia, tempo, que bom ver você". E com a intimidade com a qual eu me dirijo a um velho amigo eu poderia dizer: "Valeu, Tempo. Você foi bom comigo, me fez ver as coisas como elas devem ser vistas". E você responderia "Isso que você vê é um espelho embaçado do que eu sou, do que você pode ser".

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Fim de um ciclo

Estava pensando em que escrever hoje. Mas, hoje não tenho assunto. Hoje não tenho poesia, hoje não tenho história (ou estória) pra contar. Hoje é o dia da prova de fogo de se eu devo ser jornalista. Sabe por quê? é a hora de "provar pra todo mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém". É, você sempre vai me ver citando músicas, porque eu canto desafinadamente. Explico-me: hoje é o dia em que, depois de sete meses de pesquisa exaustiva - e foi mesmo, com direito a gripes mil - vamos "fechar" o tema acessibilidade. E, por minha vontade, trancá-lo a sete chaves e nunca mais deixar que ele veja a lua do dia. Porque em jornalismo, é estranho que você defenda uma causa que é sua. É estranho que você brigue com a universidade que não te dá suporte. E daí você é tachado de "parcial". Mas eu volto, lá atrás, e me pergunto: "Se eu não falar disso quem vai falar?". Porque, eu sei como é, quando a gente não tem o problema, a gente não liga. Antes de vir pra Campo Grande, eu não usava muito a cadeira de rodas. Mas, a partir do momento em que você começa a passar por determinada situação - eu e a cadeira de rodas, por exemplo - você começa a ver como algumas coisas não são "para todos" de jeito nenhum. E daí, quando você se dá conta, você está ouvindo o professor dizer: "O que te preocupa"? E você se ouve dizer: "A acessibilidade na universidade e na cidade me preocupa. A falta de esclarecimento das pessoas me preocupa. Daí, a gente tem de se distanciar. E eu tentei. Se não consegui, pelo menos tentei. Procuramos leis e tudo que estava documentado sobre o assunto. Procuramos outras pessoas pra falar sobre o assunto. Pra que não ficasse só no "quintal de casa". Pra que outras pessoas não ouvissem, como eu ouvi - mas isso não vem ao caso, n pessoas ouviram também - "Aline, como você entrou na UFMS? Tem cota de deficiente?" (A UFMS não tem nenhuma espécie de cota, seja para índios, negros, pessoas de baixa renda ou deficientes, o que tem que ter vaga para deficiente é concurso público, 5%). Ou, "você não pode doar sangue, seu cérebro pode oxigenar e você ter uma parada cardíaca", de uma enfermeira que me viu de muletas.
Não quero que ninguém passe por isso, assim como não quero que nenhum time de grande torcida seja rebaixado, porque eu sei a dor que é... Mas isso é outra história.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Poetando

É tão difícil esperar
Contar os dias, as horas
E ver o tempo
não passar

Vai demorar
pra encontrar o meu caminho
mas sigo sempre sem destino
quem sabe um dia eu vá achar

era pra ser uma viagem curta
que se estende
e eu não consigo fazer parar

ao meu redor o mundo gira
e eu tento fugir da vertigem
de viver

Digamos que.... bom, melhor ficar quieta

Um beijo pro Dan, q tá de niver hoje

domingo, 21 de setembro de 2008

E um dia a menina que podia voar, caiu da Lua. Foi caindo, caindo, deu uma cambalhota e se equilibrou. Viu que a gravidade não a atrapalhava mais e sorriu. Sorriso de dever cumprido. De felicidade pura. De quem conseguiu sair de sua redoma de vidro, de sua "bolha", sem se machucar. Sem machucar ninguém. E hoje a menina vaga pela Terra. Leva sempre o sorriso de quem já sofreu, mas descobriu que a vida é muito curta pra não aproveitar. Respira o ar de uma noite de Lua. Vê estrelas e adormece feliz. Mais um dia bem vivido.

sábado, 20 de setembro de 2008

Eu sou insensível


Terceiro dia de blog! E quem me vê contando os dias, não pense que ele é doente terminal. Considere cada dia como uma vitória sobre a preguiça, a impaciência e a má vontade.

Mas vamos ao que interessa:

Ontem terminei de ler "Muito longe de casa - Memórias de um menino soldado" de Ishmael Beah, sobre a sua experiência como soldado da Guerra Civil em Serra Leoa. O livro conta (a meu ver) de modo bastante superficial como era a vida de meninos de 12, 13 anos que de uma hora para outra se viam sem mãe, sem pai, sem amigos, e que foram brutalizados, obrigados a usar drogas e sofreram uma lavagem cerebral de que matando os rebeldes, estariam matando aqueles que mataram sua família. E assim, segue a vida de Ishmael, uma criança tranformada em assassina, até ser escolhido por uma missão do Unicef. E daí ele tem um final feliz. Bom, não vou contar a história toda, mas, sabe, ler este livro não me comoveu. Não me empolgou. Não fez de mim uma pessoa que visse mais além. Talvez seja o meu problema com esses livros best-seller relâmpago que vão parar nas prateleiras de supermecado em promoção. Foi assim com "O caçador de pipas". Começo a aceitar que talvez, eu seja insensível, mas sei lá, alguma coisa faltou pra que eu não parasse de ler.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sexta feira! Eba, um dia de folga. Quero continuar escrevendo, apesar disso.

Uma menina vive no mundo da lua. Sabe por quê? A gravidade! Lembra dela? Na Terra, a menina não consegue dar 5 passos sem cair. Vive parecendo bêbada, mesmo estando sóbria. Na Lua, ela conseguiria andar melhor que Neil Armstrong. Se ela fosse pra Lua, talvez parassem de a olhar de cima. Mas ela escolheu a Terra! Porquê? Pra quê? Nem ela sabe dizer. Por isso, vive no mundo da Lua e vive culpando a gravidade. Gravidade! Sabe o que é? Bem mais do que uma maçã cair. Bem mais do que números numa prova de física. Lembra lá? p=m.g (g=aproximadamente 9.8) Gravidade é a grandeza que te faz (ou não) ficar pregado ao chão. E a menina tem uma vantagem sobre cada um de nós. Já que a gravidade não é mesmo sua amiga, ela pode fazer como o corvo da fábula de Esopo e dizer em alto e bom som: "Eu posso voar, pavão". (Ao contrário de você).

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Título clichê, mas tudo bem. É... deixa eu recontar a história. Antes, prazer em conhecê-lo, meu nome é Aline. Sou estudante de jornalismo - isso mesmo, ainda agora que querem desobrigar o diploma. Tenho 19 anos e não faço muita coisa diferente de outras pessoas. Desisti de uns dez blogs antes desse, sem que tais blogs tivessem mais que uma semana de postagem. Mas a necessidade de escrever persiste. É como na música de Milton Nascimento, sabe? Eu preciso "falar da cor dos termporais, do céu azul, das noites de abril, pensar além do bem e do mal, lembrar de coisas que ninguém viu".
E por falar em música, foi ela que me fez criar coragem de escrever de novo. Mesmo que indiretamente. Foi assim: hoje eu estava indo para a faculdade, cantando, toda feliz. Meu pai me olhou, assim, como quem não quer nada e disse: "Pára de cantar no meio da rua, menina".
A vontade (vício) de escrever veio de repente. Veio pra contar que eu sou meio doida, a ponto de cantar nas ruas, escrever nas bordas de livros, fazer estrelinhas no canto das páginas de provas. Veio pra contar que sou indecisa, nervosa, irritada, inconstante e que às vezes eu me esqueço até mesmo de escrever. Mas afinal, o que isso importa? Veio porque de tanto ouvir falar de blogs, quis re-recriar um. Pra falar de tudo que me der na telha. Pra falar de mim. Pra falar do que eu sou parte. Pra falar do todo. É, meio que assim.